Que Brasileiro por mais insensível que seja não tem correndo nas veias uma pequena paixão pelo futebol Penta campeão mundial e pelo nosso apaixonante ritmo musical, esse ritmo caliende do Samba, do Pagode, do Ache, da Bossa Nova, da Música Raiz Sertaneja, do chorinho, do chachado da eterna Jovem guarda. E por falar em jovem guarda, como é difícil encontrar alguém que consegue deixar de sacudir o esqueleto quando se está em um local em que esse ritmo é executado, é muito difícil encontrar um casal que não tenha se embalado com as baladas romànticas da Jovem Guarda, Erasmo Carlos "O Tremendão" que tantas letras e canções maravilhosas compós ao longo de seus já cabelos brancos, que entrou pela porta dos fundos da Jovem guarda, que começou trabalhando como secretário dos grandes artistas da época no programa do Produtor Carlos Imperial nos sábados a tarde na TV. Record. Ele mesmo que mais tarde comporia com Roberto Carlos e Vanderlea o grande Trio da Jovem Guarda. Pois bem, nós que hoje vemos e assistimos os novos artistas, alardeados pela mídia como fenómenos musicais, e de vendagem de Discos, que mudam constantemente como camaleões, tanto em seus ritmos musicais como também em seus visuais, também vemos o nosso Tremendão, passando a barreira dos 60 (sessenta) fiel ao seu ritmo, a sua tradição musical ao seu estilo de compor e até mesmo usando as mesmas pulseirinhas de couro no punho e a mesma gargantilha igualmente de couro no pescoço, a mesma calça desbotada cantada em verso e prosa, os mesmos cabelos agora já grisalhos, mal penteados, vemos também suas letras e suas velhas canções e suas sempre atuais melodias serem entoadas e até mesmos assassinadas por estes jovens talentos tão alardeados pela mídia como recordistas de venda de disco. É uma pena que canções tão belas e inesquecíveis sejam tão mal interpetradas por pseudo artistas fabricados pela mídia sem nenhum talento musical. O que mais nos revolta quando ouvimos essas belas canções executadas por esses inexpressivos artistas é que estes não possuem pelo menos a humildade de divulgarem o autor da letra e da canção. Erasmo e Roberto mesmo ganhando direitos autorais pela execução de suas canções com certeza devem sentir uma vontade imensa de pronunciar aquela célebre frase de uma de suas canções "E que tudo mais vá pro inferno", Dia desses assistindo uma entrevista ao vivo do Tremendão em um desses programas que por acaso se chama "Por Acaso", ele Tremendão dizia como havia terminado a Segunda parte da sua célebre Canção "Sentado a Beira do Caminho", ele dizia que já havia terminado a primeira parte da letra e que já estava batalhando algumas semanas para conseguir a Segunda parte, dizia ele que estavam ele e seu parceiro Roberto, mais a Banda G 7, viajando de uma cidade para outro em uma daquelas turnês que duravam meses, lá pelo final dos anos sessenta, quando Roberto já cansado disse para ele. Bicho, vou tirar uma soneca, já não aguento mais, tá bem bicho pode ir eu vou tentar acabar essa letra, depois de umas duas horas, Roberto acordou e talvez em um momento de revolta com aquela vida que levavam disse para Erasmo. Bicho, Preciso acabar logo com isso. Erasmo olhou para ele assim como que meio atónito e falou. Bicho você falou tudo Cara, e emendou "Preciso Acabar Logo com isso, preciso lembrar que eu existo, que eu existo, que eu existo, e ali estava pronta a Segunda parte da mais famosa canção da dupla Erasmo e Roberto Carlos. O que eu posso dizer desses interpretes atuais dessas canções maravilhosas. Só posso dizer " Assassinaram o Tremendão".