--- Bom dia, Medeiros. Disse eu entusiasmado, naquela manhã de sol.
--- Como tem passado, Alexandre ? Indagou o Medeiros.
Após uma breve pausa, respondi ironicamente:
--- Com "FAET", é claro !
Com um ar de desconsertado, ele arriscou:
--- Vai pegar este ónibus ?
--- Não, ainda não, porque estou com sérios problemas de coluna.
Então ele inspirou profundamente e, retrucou:
--- Você vai utilizar os serviços concedidos pelo Poder Público à esta Empresa de transporte ?
--- Desculpe, eu estava distraído, observando aquele "despacho" alí na esquina. Deve ter custado uma "grana".
Já no interior da "cristaleira", os assuntos foram colocados em dia, até que se aproximou o ponto no centro da cidade.
--- Você vai saltar aí ? Perguntou Medeiros com uma ingenuidade normal, na popular forma de se expressar.
--- De forma alguma ! Respondi seriamente.
--- Mas, porque ? Deixou escapar inocentemente.
--- Eu não trouxe o pára-quedas, portanto, irei apenas descer do veículo. Falei mansamente.
Enquanto me alinhava junto aos outros passageiros em direção à porta de saída, dei uma olhadela para trás e vi o meu amigo segurando no encosto do banco dianteiro, nervosamente e, rangendo os dentes, finalizou quase gritando:
--- Eu não vou falar mais nada !!! Entendeu ? MAIS NADA !!!
E, cada um seguiu o seu destino... até o próximo encontro.