Um bando de safados que anda roubando o país tem suado frio com tanta CPI, Policia Federal, Comissão de Ética, CGU dando em cima deles.
Tem políticos (principalmente), publicitários, diretores de partidos, diretores de estatais, enfim uma fauna variada e vasta. Todos salteadores da nação. Do nosso dinheiro!
Variada e muito divertida. Divertida sim, pois racho de dar risadas ao ouvir como se defendem, aliás, como se desculpam.
Primeiro deito de rir da cara-de-pau deles, de terem coragem de acreditar que alguém vai também acreditar naquelas justificativas mais imbecis. Além de nos roubarem, ainda fazem pouquíssimo de nossa inteligência. Pensam que somos uma nação feita de bocós e débeis mentais.
A primeira coisa que dizem em suas defesas é: "tenho um currículo formado ao longo de muitos anos; patati-patatá...minha esposa, meus filhos e meus netos patati-patatá..."
E por aí vão, tentando colar em nossas mentes a imagem de um respeitável e honrado senhor.
Ah, me perdoem mas vou rir de novo: kuákuákuá! Quer dizer então que canalhas não envelhecem? Canalhas não se casam? Não têm filhos nem netos? Por favor, senhores, me poupem!
O denunciante de tudo, Roberto Jefferson, que também é membro da camarilha, se dá ao luxo e ao acinte de gargalhar diante de uma comissão que o está investigando como acusado. E toda a comissão ri junta. (Ah, De Gaule, como você vaticina bem!)
Não creio haver qualquer motivo nobre que o leve à denúncia. Acontece que o bando se desentendeu. Alguma coisa não andou bem. Por maior que seja o volume de dinheiro envolvido, provavelemente, chegou uma hora em que cada um queria mais. E alguém se sentiu no prejuizo.
Os porcos convivem bem, mas na hora de dividir a ração se desentendem. A ração sempre parece pouca para muitos porcos.
Mas voltemos às desculpas.
Agora ouço mais uma fantástica. Da lavra do senhor Genoino, que vinha se colocando como alguém acima do bem e do mal e que já começa a ser pego pelo lodaçal:
Tendo a Veja denunciado que o PC-Publicitário Marcos Valério Fernandes havia avalizado o PT num empréstimo de R$ 2.400.000,00 (Vige, como tem zeros!) concedeu, o senhor Genoino, uma entrevista, jurando de pés juntos que o PT nunca fizera negócio algum com o tal publicitário.
Levantada a documentação bancária da operação, confirmou-se que, não só o empréstimo existiu, como o publicitário avalizou mesmo o PT.
E mais: Quem foi também avalista na operação? Quem meteu seu chamegão lá nos papagaios? Ninguém mais, ninguém menos que o Senhor Genoino.
Confrontado com a prova documental ele se justificou candidamente, com carinha e voz de anjinho de chifres: Ah, "alguém" do PT lhe informou erradamente! ("Alguém" é bom, não?)
E como podia não se lembrar?
Não se lembrava "porque foi em 2003, ano de muita e febril atividade no PT que crescia muito" (mensalão ajudando, creio).
Você que está lendo, me diga uma coisa: Imagine-se uma pessoa muito rica. E como muito rica, não acha normal que pequenos importes você pode facilmente esquecer? Claro que sim. Sendo você uma pessoa muito abastada, operações de R$ 200,00 ou R$ 300,00 são perfeitamente expulsas da memória em dias.
Mas me diga cá mais uma coisa: Mesmo sendo você muito, muito rico, será que se meteria numa operação financeira, em 2003, de R$ 2.400.000,00 - onde você enfiou sua assinatura, ficando inteiramente responsável pelo pagamento em caso de inadimplência do tomador e agora, apenas 2 anos depois, você se esqueceria? Mesmo que até o momento a dívida não tenha sido liquidada e de uma hora para outra o banco pode aciona-lo judicialmente?
Pois é, o Genoino se esquece. Ele tem este sério problema de saúde. Coitadinho dele!
Ó Genoino! Dá pra me emprestar uns 300 milzinho aí, com prazo de dois anos?