Caiu a noite de repente. Pela janela, o breu engoliu a paisagem tão repleta de verde. E, com as sombras da noite, veio a incerteza, o medo, a insegurança...
Estou com os olhos voltados para as coisas interiores, as memórias, os guardados...
Nas coisas guardadas não existem surpresas: está tudo organizado, arquivado, registrado, vivenciado.
Com paciência, sem se deixar levar pela ansiedade, seguiremos firmes no rumo da manhã, da claridade, da luz, de um renascer.
Amanhã, então, banhado pela luz e retemperado de energia, posso, com tranquilidade, espantar todos os fantasmas da noite, todos os temores...O dia foi criado para a atividade, a noite para o repouso e o sono.
Caiu a noite silenciosamente, assim como um ladrão sorrateiro que surrupiou a minha paisagem da janela.