Estou escrevendo fora de tempo, pois o dia dos pais, no calendário comercial, passou ontem.
Mas, pela optica do coração, não há um dia especial para os pais, nem para as mães. Deles é o calendário inteiro, porque possuem a missão de guiar os filhos pelo teatro da vida, ensinando-lhes a atuar na comédia do cotidiano, nos bancos toscos da escola da existência.
Além do mais, estou afastado do meu contexto telúrico, geográfico, sentimental, quando se tem em mente a moldura do relcionamento pai x filhos, porque estou sozinho com minha mulher aqui em Brasília, enquanto dois dos filhos estão no Ceará e o outro nos Estados Unidos.
Mas, pude receber mensagens dos três e, de quebra, dos netos, afagando as minhas saudades, deixando-me dividido entre o trabalho intenso e a vontade de estar com eles, conversando bobagens, comentando as coisas banais, fazendo silêncios repletos de palavras e sentimentos aprisionados durante todas as horas de afastamento.
Pude, também, conversar um pouquinho com meu pai que, estremunhado, nem conseguiu entender o que eu falava.
É o mínimo que posso dizer do meu dia dos pais. Ah!, antes que eu me esqueça, foi bom, também receber mensagem do exterior, mandada pela Melissa, que ensaiou um português entremado de inglês: "I just want to tell you feliz dia dos pais". Isso foi o máximo. E eu gostei.
Bem, por aqui termino porque o dever me clama: põe atenção nos teus processos, olha a pauta, cuida que o feriado te prejudicou.
E assim passou mais um dia dedicado aos pais.