Venha, venha comigo, vamos passear, vamos dar um pequeno giro, transformar em parábola esse caminho reto. Imagine, torne suave a respiração. Abandone de vez todos os limites, siga a intuição ao materializar perante teus olhos, aquilo tudo que pensava não existir, até então. Saia de si flutue por aí. Veja a cor do vento, sinta o cheiro do firmamento, e escute o lamento das estrelas, elas não podem sentir por você. Principalmente, quando acontece o despir do paradigma. E tua energia, paira como um enigma o singular desatino da razão. A equação perfeita, o momento no qual o paradoxo iguala-se ao senso comum. Um momento sem momento, um intervalo sem espaço e tua consciência brinca, nos vastos campos, aonde todos os sonhos nascem, aonde a esperança floresce e o amor de tão denso pode ser moldado com a mão. Viva, desfrute, aproveite, absorva tudo o que a alma suportar, porque quando voltares, um mundo diferente encontrará. Não será o mundo, serão teus olhos, que agora enxergarão tudo aquilo que passava em vão. As cores te falarão, as rosas, elas darão perfumes muito mais doces, em gratidão. A poesia massageará a alma, a musica arrebatará o coração. Mas tudo que um irmão teu sentir, sentirás então. A dor da perda, a dor do preconceito o silêncio do abandono o frio da traição. Não se preocupe, agora não tem jeito, a partir dessa hora sim, tu és semente e por onde você passar acontecerá algo diferente, mais alguém conhecerá o que tem além do presente, aquele lugar estranho aos olhos do indiferente, que não vê a verdade, o lugar que transformou você de esboço, em eternidade.
A lua linda,
Do teu olhar.
Divaga sempre bem devagar.
Nadando eternamente,
No oceano de estrelas.
Leito vasto,
Do nosso amor...