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cronicas-->"ONTEM À NOITE CHOVEU EM BRASíLIA" -- 23/09/2005 - 10:27 (Hull de la Fuente) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



"ONTEM À NOITE CHOVEU EM BRASíLIA"




E daí? Você leitor, há de se perguntar: qual a importància disto? Chuva é sempre igual, desde que o mundo é mundo...

Engano seu, amigo ou amiga. Chuva em Brasília é bênção! É festa! É vida! É o ar que volta aos nossos pulmões. CHUVA EM BRASíLIA É TUDO DE BOM!

Ontem, ao sair do trabalho, por volta das 14:30, o desconforto tomava conta de mim. O ar seco e quente entrava-me pelas narinas e provocava miragens. Juro que vi, em plena Esplanada dos Ministérios, camelos e tuaregues. E olha, não estava tendo expediente no congresso, era quinta-feira. Os tuaregues já haviam voltado às suas cavernas, onde, em sotaques variados, provavelmente dizem a famosa senha: "ABRE-TE SÉSAMO!"
Desculpem, voltando à secura do ar brasiliense:
o ar rarefeito e quente, dificultava minha respiração. Meus olhos secos, ardiam. Os óculos escuros não evitavam o desconforto e o sono. Sim! A secura saariana provoca um sono desagradável, quase doentio.
Meu marido, ao volante, também se queixava do desconforto. Os carros Moviam-se pelas quatro pistas, silenciosos e desesperados. Sim, silenciosos. O brasiliense de verdade, não usa buzina, graças a Deus! Diante dos meus olhos ardentes, os ónibus se transformavam em dunas ameaçadoras. O meu torpor só terminou quando entrei no elevador, na garagem do meu bloco.
Corri para o banheiro e deixei-me molhar inteira, sob a ducha fria.
Mas o banho é só um paliativo no deserto.

Finalmente, por volta das 18:00 horas, trovões se fizeram ouvir, primeiramente tímidos, depois mais fortes, ameaçadores.
Mas o que estou dizendo? Não eram trovões! Eram os sons de uma maravilhosa orquestra de anjos percussionistas, anunciando a vida.
Abri as janelas do apartamento para deixar o vento entrar.
As últimas folhas invernais invadiram o pavimento branco da minha sala.
Dei boas vindas aos primeiros pingos da chuva de setembro, e, só então, fechei as janelas.




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