Muito amiguinhos de canduras e religião, ao som de três rosários, aconchegados tio e sobrinho e irmã que por sinal é mãe do mais religioso de todos os humanos:Sabu, lá foram rumo à grande cidade de Lisboa, que por acaso é a capital não fosse o Dom Afonso henriques ter morrido...ouviam-se cànticos sibilantes e divinos, aconteceu o casamento definitivo com Deus!Não faltou a lágrimazita no cantinho de um dos 3 olhinhos.Pura emoção...melhor que casamento de cigano!Muito compenetrados e com fúrias de discurso os dois, mãe e filho, unha e carne, regressaram à Bracara com a alma mais branca que lixívia, sobre uma nuvem não menos alva, o Paraíso!Parecia prenúncio ou pré-aviso do que lhes ainda estaria por acontecer: benza-os Deus!E Assim foram...Pertinho da terra do Marquês de Pombal, eis que o autobus fretado com rigor iniciou um processo de deslize furioso ouvindo-se o estrondo de como se fossem bombas, não de carnaval.A Freira Mor sacou do micro e solicitou calma a toda a beata "Caminheta"...ribanceira à esquerda, gritinhos incontidos, puxadelas de cabelo, uis e ais, que Deus nos acuda...o motorista é que foi o do sangue frio e benzeu-se fazendo um pião acrobático, como se fizesse voar a máquina...por milagre salvou os pseudo moribundos que o Sabu já encomendava a Deus antes dele...saíu-lhe então o tiro pela culatra!Vivinhos e são, bateram palmas ao piloto motorista e a freira, esquecendo a sua beatice e votos de castidade, atirou-se sobre o motorista num desmaio bem ensaiado de apalpa carnes.Ninguém levou a mal, nem Deus que proporcionou aquele ambiente divino de homens que esqueceram por uns tempos o pecado...só por uns momentos, pois Sabu, já pertinho do Porto cochichava com a sua rica mãezinha sobre uma velhota de voz afinada que bebera uns copitos a mais...pois, a vida continua,o que interessou foi ultrapassar senão já teríamos assistido à missa de sétimo dia.Cruzes canhoto!Melhor é sabermo-nos vivinhos da silva...com uns anjinhos da Guarda.Melhor é prevenir!