Atualmente, é relativamente fácil pegar um táxi na cidade de São Paulo, com exceção dos dias de chuva, ou então nos dias em que ocorre alguma greve no transporte público - ónibus ou metró-.
Os carros são novos e na grande maioria, em bom estado de conservação, facilmente identificáveis pela cor branca obrigatória. É uma pena, pois sempre gostei de carro branco, fruto talvez da lembrança do meu primeiro carro, um Chevette ano 1976. Mas hoje em dia ter um carro branco é desaconselhável, pelo risco de desvalorização na hora da venda, uma vez que sempre existirá a dúvida se tal carro já não foi da praça...
Mas o pitoresco da praça é o motorista.
Baseado na experiência de utilizar o táxi com uma certa regularidade, descrevo abaixo os tipos de motorista mais frequentemente encontrados na direção desses veículos:
Âncora de Telejornal - adora tecer comentários sobre a vida política do país. Está a par do último depoimento na CPÃŒ e da decisão do COPOM sobre a taxa de juros. Alguns podem incluir comentários internacionais. Em épocas de eleições têm sempre uma nova pesquisa de opinião. Mas desista de fazer algum comentário: dificilmente lhe passará a palavra!
Meteorologista - só comenta sobre o tempo, possíveis chuvas, etc
Marronzinho - crítico mordaz dos demais motoristas, poupando apenas os colegas de profissão. Se tivesse um talão de multas nas mãos ficaria extremamente feliz.
Jornada nas Estrelas - você nem percebe e já chegou ao destino, mas agradece a Deus por estar vivo! Alguns também o denominam de "trem fantasma", pelos sustos que propicia pelo caminho.
Personal Trainer - especialista em "alongar" os caminhos.
Mordomo - oferece balinhas, jornais e revistas. Tudo incluído na corrida. Inclusive a gorgeta..
Especial - a diferença é a conta com um valor a mais no final...
Show de bola - você se sente participando de uma mesa redonda sobre futebol..
Vale a pena ver de novo - quando você percebe já passou pelo mesmo lugar diversas vezes.
Brincadeiras à parte, na minha opinião o táxi é uma das mais inteligentes invenções do homem, principalmente quando aquela tia idosa após nos visitar, resolve voltar para casa no domingo à meia-noite. Nada como chamar um táxi nesses momentos.
Considero os taxistas uns verdadeiros heróis, para sobreviver a todo o desgaste que esta profissão acarreta nesse trànsito caótico de São Paulo.