O poder da mensagem
(Por Germano Correia da Silva)
Num desses dias em que eu estive diante dos livros, quase que absorto em pensamentos e idéias, voltados para o efetivo crescimento do intelecto humano, eu me deparei com uma palavra que me levou a pensar bastante no seu significado e sobretudo no poder que ela exerce no cotidiano do ser humano: A palavra é mensagem.
Etimologicamente falando, a palavra mensagem tem vários significados:
a) comunicação verbal; b) recado; c) proposição que um presidente da república envia ao parlamento; d) felicitação ou discurso dirigido a uma autoridade; e) comunicação oficial entre os altos paredros (diretor, conselheiro, prócer, mentor) do Estado; e por fim; f) a essência da obra de um filósofo, de um profeta, de um poeta, de um escritor, etc., que é a contribuição original trazida por ele à cultura humana.
Algumas mensagens nos marcam sobremaneira. Vejamos, pois, algumas delas que foram proferidas e/ou escritas muitos anos atrás e até hoje elas fazem parte do nosso dia-a-dia.
Quem não se lembra das palavras de César, a Farnaces, rei de Ponto: "Veni, vidi, vici", famosa frase latina que significa: "Vim, vi, venci". E outras, de cunho religioso, tais como estas ditas por Cristo: "Sinite parvulos venire ad me", expressão que significa: "Deixai que venham a mim as crianças" e a frase "Quis non est mecum, contra me est," a qual significa: "Quem não é por mim, é contra mim." Ou ainda aquela célebre frase que simbolizava o ideal dos inconfidentes mineiros em 1789, e que hoje é a insígnia da bandeira do estado de Minas Gerais: "Libertas quae sera tamem", que significa "Liberdade, ainda que tardia". E por fim, essa última, que eu a considero muito interessante: "Verba volant, scripta manent", que significa em português: "As palavras voam, mas permanecem quando escritas."
O poder da mensagem escrita é imensurável, basta pensarmos naquelas mensagens que ainda guardamos "a sete chaves" em alguns dos nossos alfarrábios. Geralmente são dedicatórias dos nossos entes queridos, dos nossos mestres, dos nossos colegas de classes, dos nossos amigos de infància e muitas vezes, de velhos amores que tivemos, ou que achávamos que os tínhamos. Mas isso pouco importa, o que importa mesmo são as marcas que essas mensagens, sejam elas escritas ou orais, deixaram em nossa alma e essas marcas tenderão sempre a se perpetuar no tempo e no espaço.