Se eu lhes disser que o dia hoje está verde, como se estivéssemos, de repente, com os olhos afivelados em lentes Ray Ban. Lá fora, pela janela ampla do edifício, vejo uma chuva miúda molhando o verde intenso da grama, a copa das árvores, as águas do Paranoá. Lá ao longe, no fim da linha do horizonte, nuvens acinzentadas e o telhado avermelhado do casario e, por fim, a ponteaguda silhueta branca da ermida de Dom Bosco.
Mas, aqui, dentro de mim, o verde vivo de uma esperança que jamais esmaece, porque eu rezo e confio nas coisas que fervorosamente peço a Deus. Por isso, o céu azul, as águas do lago, o cinza das nuvens, a ceràmica dos telhados dispersos, o clorido móvel dos carros que passam, tudo se mescla num verde impressionante, o verde a confianaça nas promessas nunca desmentidas do nosso Criador.