DIA DAS MÃES.
Mais uma vez sou chamado a escrever sobre um dia comemorativo.
Dia das Mães.
Dia de dar presente até para quem e por quem é ausente.
Não sei se vou conseguir!
Mãe não pode ser reverenciada ou presenteada um só dia por ano, é muito pouco! Não se pode comemorar este dia.
Para um filho de verdade todo despertar tem que ser de festa para quem o gerou e quando se tem uma mãe para falar um bom dia e ainda pedir a benção.
E ouvir um Deus te abençoe saído do fundo do coração e da alma.
Não sou um poeta de palavras bonitas, nem mesmo sei se sou um escritor, estou mais para um analfabeto metido a escrever.
Homenagear mãe é muito difícil porque poucas têm algo em comum a não ser a maneira de carregar o filho na barriga.
Nem o tratamento pré-natal é o mesmo.
Mãe pobre muitas vezes nem sabe o que é isto.
Cada mãe é única.
Quero levar minha solidariedade à mãe que gerou o filho de um pai que fingiu não saber ou realmente não sabia que o seu espermatozóide servia para alguma coisa. E sozinha sofreu os inconvenientes da gravidez, não teve ninguém ao seu lado na dor do parto e foi pai e mãe ao mesmo tempo. Quero demonstrar meu descontentamento junto com a mãe que gerou o filho de um animal que maltrata e espanca e que em muitos casos inspira o filho a fazer o mesmo, quando encontrar uma mulher que se entrega a ele. Preciso demonstrar minha indignação com mulher que se deixa engravidar sem nenhuma responsabilidade, pobre ou rica, e leva para dentro do ventre a nicotina do cigarro ou a intoxicação do álcool e da droga para matar ou fazer um ser humano nascer para sofrer.
Isto não é mãe!
Dizendo isto quero deixar uma benção especial (se tenho este direito) aquela mulher que é mãe duas vezes ao cuidar dos filhos dos seus filhos que acham que a mulher se tornou mãe para ser avó, e que muitas vezes precisa deixar de viver para tomar conta a irresponsabilidade dos filhos.
Vou expressar meu carinho à mãe que na idade de brincar com boneca descobre que de uma transa pode nascer um boneco de verdade que vai transformar sua vida.
Mais do que nunca preciso demonstrar minha alegria pela mãe que gerou um filho com amor e ao longo da sua vida dividiu seu tempo com o inocente fruto do amor.
Vou pedir emprestado um trecho de uma musica do Roberto Carlos:
"Espero que tenha sido com muito amor e seja quem for há de achar também você tão linda esperando neném"
Quero deixar o meu abraço para a mãe pobre que cuida dos filhos com o carinho e a ternura que dinheiro nenhum do mundo pode substituir ou comprar. Com o carinho semelhante ao de Deus por todos nós.
"Faça-se em mim a sua vontade".
Foi dizendo este sim que a mulher se tornou a personagem mais importante da historia de todos os homens.
Emprestar seu corpo para gerar o filho de Deus.
E se agora eu escrevo isto foi porque uma mulher pobre e humilde no trajar e rica no trato com os filhos e de uma ternura sem par, permitiu que eu fizesse morada dentro do seu corpo, que não soube o que era pré-natal e nem precisou de hospital para me deixar nascer.
Eu quero deixar o meu abraço a todas as mães que nunca passaram grandes dificuldades financeiras, donas de casa ou trabalhadoras incansáveis em um ou dois empregos e que ainda encontra tempo para acolher os filhos no colo, que só pode ser de mãe.
Hoje sou administrador voluntário de um asilo e vamos fazer uma festa para as mães que foram abandonadas e sinceramente a minha vontade é não convidar os filhos, quem troca a vida de uma mãe por uma outra vida qualquer certamente não conhece a palavra perdão.
Eu sei que os asilos estão cheios de pais e mães que não souberam cumprir este papel e abandonaram os filhos para que o mundo e a vida os educassem, e muitos não aprenderam a palavra amor.
Mãe que tem filho não pode ser confinada em nenhum asilo, seja ele pobre ou luxuoso, ela deveria ter o direito de todo dia quando acordar, de um catre no barraco de uma favela ou de uma cama de luxo em uma mansão, para perceber que ainda é gente.
Eu queria que neste dia, todo filho, no mais intimo de sua alma e no momento de maior ternura do seu coração e mirando no Deus da sua crença, olhasse bem nos olhos de sua mãe e dissesse bem baixinho em seus ouvidos ou gritasse bem alto se ela já não escuta tão bem:
-Mãe eu te amo, como tive o privilegio de morar dentro de você, quero que saiba que quando sua cruz estiver pesada demais, sempre haverá um lugar na minha vida para que eu possa ter o prazer de retribuir a graça de ter nascido.
Eu só existo porque fui gerado.
E só quem gera é mulher.
MÃE.
MAMÂE.
