Por favor, urgentemente, procure para mim a palavra perdida, justamente aquela que ficou faltando para completar a frase que jamais saiu de minha boca, pois ficou presa na garganta, algemada no coração.
Faça a fineza de resgatar aquele sorriso que eu nunca esbocei, pois ficou retido no meu interior, embora fosse tão necessário sorrir naquele instante.
Não esqueça, também, de devolver aquele abraço que eu quis mandar, porque ele ficou inútil diante da sua retirada tão supreendente.
Ah!, o fascínio das coisas irrealizadas, inutilidades pessoais, arrumadas num canto do esquecimento, folhas secas levdas pelo vento e arrastadas pela corrente das chuvas de outono.
O sabor amargo do que jamais foi, embora tenha tanto procurado ser.