De repente, sem que houvesse o menor aviso, despencou a tempestade, a fúria dos elentos pessoais, a vida tropeçando nas coisas banais, os sentimentos desencontrados, os descaminhos, os planos ruindo como se fossem estruturas de papel ao sabor de vetanias.
Sentiu um inexplicável vontade de ficar parado, ali mesmo ao relento, sem se importar com os olhares curiosos, os comentários ácidos, o fuzilar das invejas, as consequências inevitáveis daquele gesto.
Aí, pondo a mão no bolso da camisa, junto ao peito, apalpou a cruz do terço. Segurou-a firme, lembrou-se de Deus, o pai que não desampara. Então, o fogo abrasador da fé turbilhonou o sangue pelas veias, sorriu sozinho, recuperando a confiança e a auto-estima. Olhou para os escombros dos sonhos e feita uma fênix moderna, retomou a marcha, dançando lépido na chuva, emb busca do sol, da luz e da vida.