Discreta, falou-me dos seus desafinos sentimentais. Sempre com palavras escolhidas, mostrando o lado escuro que nós possuimos, aquele mal revelado, como se fosse o lado nunca visto da lua, o outro lado do mundo.
Espanto, realmente, porque quem a vê, serena e tranquila, nem de leve pode imaginar as turbulências que desabaram sobre sua vida, o desgaste paulatino do sentimento, oxidado pelo ar carregado de tanta monotonia, da rotina irritante e destruidora do dia-a-dia.
Mas, pude notar quer o seu olhar estava anidro, seu semblante calmo, suas mãos firmes, sua voz decidida:
não vou dar o braço a torcer!
E, depois de uma meia hora de conversa, naquele tom monocórdio e sem muito entusiasmo, reitrou-se tão discretamente qwuanto havia chegado.
Então eu percebi que ela estava com aquela convicção de quem já tomou a sua decisão depois de muito pensar, de muito refletir e de muito ponderar.
Oxalá, tenha sido o melhor para ela e para os seus.