Após o almoço,
recostei-me na rede para ler.
Faço isso habitualmente.
De repente,
algo me chamou a atenção.
Algo leve, sutil, brando...
Levantei os olhos,
que, de antemão, já previam o que era
e deparei com um quadro vivo.
Na ramagem de minha trepadeira florida;
dois personagens faziam a cena:
um beija-flor, desses pretinhos, de florescência esverdeada
e uma borboleta de um tom amarelo bem suave.
Perdoe-me a pieguice do relato,
mas não podia escrever de outra forma.
Minha memória é fidelíssima à quilo que vi.
E... Para que tudo tivesse um enredo perfeito,
acompanhava, como fundo musical,
uma canção, acho que da novela da tarde, numa casa vizinha...
Uma voz feminina suave e doce falava de arco-íris e horizonte...