Segundo definição de alguns dicionaristas, pessoa insinuante é aquela que consegue captar com facilidade a simpatia de todos e que uma pessoa cativante é aquela que cativa ou encanta alguém. Contudo, em se considerando que o vocábulo "insinuar" , por sua vez, nos remete diretamente à idéia de "dar a entender"; "fazer entrar no interior" ou "introduzir-se manhosamente no ànimo (de alguém)", assim como o vocábulo "cativar" significa "tornar ou manter cativo"; "seduzir"; "encantar"; ou "ganhar a simpatia ou a estima de alguém", eu devo admitir, sem nenhuma sombra de dúvida, que você se encaixa muito bem nessas definições, mas em relação a esse sentimento que nos envolve, algo estranho está me intrigando sobremaneira, o que me motiva a lhe fazer as seguintes indagações:
- Será que nossas almas estariam se insinuando, reciprocamente, em relação a esse sentimento cujo nome não sabemos, mas que a todo o momento ele tende a querer germinar entre nós?
- Ou será que elas estariam apenas tentando nos cativar, sobretudo nos momentos em que elas antevêem as ações e/ou emoções a que nós temos estado imersos, sem que nos apercebamos disso?
- Em relação ao desfecho imposto por ambas as situações descritas acima, resta-me ainda saber se esse sentimento que ora nos invade realmente existe, ou seria apenas uma mera insinuação de nossas almas querendo com isso nos tornar cativos um do outro?
Ante a tais incertezas e querendo pór um ponto final em tudo isso, eu gostaria de, neste momento, propor uma trégua para minha alma em relação aos ataques que ela tem feito à sua, e aproveito o ensejo para fazer a seguinte recomendação a ela:
- Pare de atazanar a "vida" da alma alheia, você não vê que ela apenas se insinua em relação a você, e se as atitudes dela lhe cativam, contente-se com "isso" que ora pode "ser introduzido manhosamente no seu ànimo", mesmo que em certos momentos a intensidade com que "isso" se lhe apresenta, lhe desanime...