Já tenho dito e repetido vezes sem conta que as coisas boas da vida, as joias que nos trazem o encato e a felicidade, são, inequivocamente, aquelas mais simples, dadas de graça, embora por seu significado não tenham preço: uma amizade sincera, daquele tipo que náo se despersa jamais, está sempre pronto a um abraço, um sorriso de estímulo, um conselho, um ombro acolhedor.
Um berço e uma criança dormindo serenamente, aqui e ali esboçando um sorriso, um murmúrio, um futuro, a continuação do nosso projeto de vida, do nosso sangue, do nosso nome.
A pessoa amada, compartilhando tudo, mão na mão, olhos nos olhos, coração pulsando junto.
A vida, a eclosão maravilhosa dos sentidos, o vibrar das emoções, poder falar, andar, ver, ouvir, sentir, é maravilhoso, meu Deus, é maravilhoso!
E a gente ainda se queixa, ainda resmunga, ainda fica pedindo mais e mais. É a eterna insatisfação humana.