Chegou o Natal, como num passe de mágica, as pessoas criam dentro de si um amor, um sentimento incontrolável, sincero, transparente, intenso e incondicional: o amor pelas compras! O velhinho capitalista, barba branca, com seu figurino vermelho, cor tal que mexe com as pessoas, aguça o desejo de comprar, americanizado e sabor Coca-Cola, aliás, beba Coca-Cola!
Presente pro pai, pra mãe, pro irmão, sobrinhos, afilhada, até o cachorro sai no lucro, com um ossinho daqueles que se mastiga e nunca acaba, uma distribuição de presentes generalizada, o caos comercial (no bom sentido da palavra). Olhamos de um lado, árvores grotescas, de outro, bonecos de neve em pleno país tropical, uma salada de culturas que acaba nos deixando confusos, onde estamos?
Nada mais importa, é necessário gastar, gastar e gastar! Amigos secretos, até daqueles que escolhemos o presente que receberemos, que brincadeira sensacional! Enfeitamos nossas casas, luzes para todos os lados, mais energia consumida, mais hipocrisia, mais enganação, mais pobres desiludidos, miseráveis esquecidos, mais odor burguês no ar, é Natal!
Data especial, esperada o ano todo, quem não gosta daquela mesa cheia de comida, chester, peru, pernil, cuzcuz, maionese...hum, delícia! Realmente, dá pra se entender o motivo pelo qual todos esperam ansiosos por esse momento!
Ah, tem um tal de Jesus envolvido nesse dia, mas não me lembro direito qual a relação. Aliás, acho que esse tal de Jesus só quer é aparecer!