Usina de Letras
Usina de Letras
35 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63022 )
Cartas ( 21348)
Contos (13298)
Cordel (10353)
Crônicas (22573)
Discursos (3246)
Ensaios - (10602)
Erótico (13586)
Frases (51457)
Humor (20160)
Infantil (5570)
Infanto Juvenil (4918)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1386)
Poesias (141211)
Redação (3354)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2441)
Textos Jurídicos (1965)
Textos Religiosos/Sermões (6336)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->Fontes do Tempo -- 11/01/2001 - 05:52 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Existiam cinco fontes de esplendor que pulsavam em meu peito como uma criança à espera do dia comum.

Todas, com o passar do tempo, com o toldo das horas parecendo desabar, com o nome de inválido, foram desaparecendo até completar seu ciclo do vazio dos homens.

Sou o circo, sou a hora, sou o desejo.

Não completei meu ardor pelo mundo. Ele veio voluptuoso e bem capaz, e me armou de sinceras e dolorosas frustações.

Se do meu corpo afogueia chamas de viver, por outro, lapida a voz do bom senso e depõe contra mim, todas as provas da improbidade e incapacidade para sobreviver a este mundo, as colinas sem lua que o mundo preparou.

E, agora, de tocaia, só espera o momento mágico, para desfechar seu ataque final.A voz da esperança morreu no primeiro grito.

A ànsia de viver foi comida pelo tempo, o devaneio e o sonho de um burgomestre do amor, foram lapidadas para quebrar ao primeiro sopro de vento algoz.

O desfecho está para chegar. E com ele já espero, sem angústias. Porque agora sou parte de todos e todos vivem em mim.

Absorvi as angústias e os medrados em meu corpo e isso me torna feliz por saber dar o alento em poucas e razas palavras que, se não acrescentam nada o mundo, revive em meu corpo, através de palavras procuradas e ajoelhadas de amor comum, um feito de acalanto para aqueles que nada tem.

E me tornei um pároco de todas as ànsias, uma esperança que, sei, alguém aguarda.

E se tudo isso for medra de musgos falsos, que desabe em mim mais uma fonte: a da espera daqueles sem feitos, vazios de sentinelas e ralo em acalantos.

Só espero a vida continuar para saber as respostas. Mas que elas venham, mesmo em forma de fim de história, de uma folha que se desbotou de fraqueza e se deixou levar pelo vento da vida.

Pode ser o fim de meus píncípios pode ser o início de minhas dores.

Como um parto da vida: você está para nascer ou para morrer. Se for para morrer digam logo.

Sou frescor das mortalhas, impávido homem do caixão comum.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui