O TEMPO DA FELICIDADE
(Por Germano Correia da Silva)
Certa vez, buscando definições para a palavra felicidade, em alguns dicionários pátrios, em livros de poesias, em alguns sites literários, com o intuito de entender melhor o seu significado, encontrei uma que, num primeiro momento, parece-me perfeita.
"Felicidade é o estado de perfeita satisfação íntima, ventura, contentamento, grande alegria, euforia, grande satisfação; e ainda, circunstancia favorável, bom êxito, boa sorte, fortuna."
E a infelicidade, seria o contrário de tudo isso que foi enumerado acima?
Talvez sim, talvez não, pois tudo dependerá da nossa persistência, paciência, fé, esperança e calma, em buscar e entender esses momentos, que caracterizam a felicidade, nas suas diversas formas de se apresentar para nós.
Querendo ou não, a felicidade é sempre uma parte integrante do nosso estado de espírito momentàneo. Ela poderá ser sentida, ou notada, no sorriso de uma criança, no abraço de uma pessoa que chega, ou no aceno de uma pessoa que parte, prometendo que retornará em breve para nos buscar.
Ela também pode ser notada na alegria de um vestibulando, que após horas a fio de resolução de testes, vê seu nome na lista dos aprovados na primeira chamada; ou no momento que encontramos a pessoa que amamos ou que queremos bem.
Vemos, portanto, que esse sentimento ou estado de espírito a que nós denominamos de "felicidade" é sempre momentàneo; ele poderá durar um minuto, uma hora, um dia, um mês, um ano, ou muito mais, contudo ele sempre dependerá da nossa persistência, paciência, fé, esperança e calma, em buscá-la e entendê-la nas suas diversas formas de se apresentar para nós.
Muitas vezes, nós até somos felizes e não sabemos. E quando isso acontece, é porque queremos uma felicidade exclusiva e una, daquela que seja reservada só para nós, que seja preparada apenas para agradar o nosso gosto e/ou aquele nosso jeito de ser, e nesses momentos nós chegamos a acreditar que ela não existe. As pessoas que pensam dessa forma, ou seja, na existência de uma felicidade plena, una e exclusiva, jamais se sentirão satisfeitas e chegam a aceitar que são pessoas infelizes.
Mas a felicidade tende a estar sempre oscilando, ora vem e fica um pouco, e noutros momentos, sem que percebamos, ela acaba indo embora sem nos avisar e é justamente nesse momento que deverão entrar em cena os fatores persistência, paciência, fé, esperança e calma, para admitirmos que essa tal felicidade plena, aquela que durará por toda vida, não existe.
Como podemos ver, o tempo real da felicidade tenderá ser curto ou perene, mas sempre dependerá da persistência, paciência, fé, esperança e calma em buscá-la e entendê-la nas suas diversas formas de se apresentar para nós.