"Vinha de Longe", de avião, "quando vi pela frente" um amanhecer, avistei um sinal reflexivo, devia ser mais ou menos há umas setenta milhas, do lado do "cabo Frio", que não é tão frio assim...
"Tava-lá... o farol! o mar engolia a "Rasa" e a "Redonda", - A "Cagada" (denominação antiga) das Gaivotas, digo "cagarras", esbranquiçava o dia. O "Pai" e a "Mãe", com seu "Filho", juntos, olhavam o "Cristo" de mãos estendidas, mandando-nos aproximar, e assim... fomos chegando. O Homem gigante "deitado" em berço esplêndido", no horizonte, mostrava que algo existia, Oh! Redentor!...
Os "Dois Irmãos" flertavam com a "Pedra Degolada", por cima, que chamão de "Gávea", e o "el sombreiro", chapéu mexicano, bem doce o Pão de Açúcar", alinhados, uma "natureza beleza". Ao longe, Ã esquerda, "Guaratuba" e vindo, a "Barra", passando em "São Conrado", "Leblon" e "Ipanema". "Copacabana", tímida, vermelha de vergonha, por ter em seus extremos, Fortes apaches dos idos de trinta, porém mostrando galerias dentro de pedras em vigília do século dezoito.
É claro, Rio dos Fortes, das "Barras", do lado de "Ká" são: "São João" de papo com "Sebastião", sem esquecer do outro lado, de "lá" da "Laje", a "Santa Cruz", na terra dos índios, de Piratininga, Itaipú, Icaraí e Jurujuba. Sem falar no "Saco do Francisco", onde "Araribóia" sempre na "Armação", a conquista da tão linda jovem "Guanabara", com Niterói defronte para o "Rio" de Janeiro à Dezembro, de todo o ano, do outro "Rio", da primavera, outono, inverno, enfim, uma cachoeira de "Mar de Verão"!
Fizemos a volta para aterrizar e, veio então, Botafogo, Flamengo, "Glória e a Marina", seu contórno, suas curvas , seus detalhes, oh! Jovem Guanabara ! Vilhegaignon que o diga, defronte para o Castelinho, verde de luxo, que de "Fiscal" ficou o emblema do Império; Como é lindo ver Você!...
Ao fundo, o "Governador", imponente com o seu "Galeão", junto para "suspender" ou navegar, no ar e no mar.
Ao descermos nesta "praça é nossa", fomos recebidos pelo mineiro-aviador Santos Dumont, que logo nos apresentou "Rio Branco", "Graça Aranha" e "Antonio Carlos", tomamos um Chop, e vimos um filme na Cinelàndia, assistimos uma peça no "Municipal" lemos alguns livros na Biblioteca Nacional e de passagem no Clube Naval, vislumbramos seus salões, com Barroso e Tamandaré, oh! Rio, Cordial, Sensacional!
São Francisco, radiante, entre um largo e outro, da Lapa pelo Chile, ou aqui na Carioca, depois da limpesa dos camelós pelo "pré-feito", "Abre-Te-Cesar!"... confundiam valores culturais com negociatas comerciais; melhor mesmo é desfrutar momentos tradicionais de Uruguaiana, na fronteira com o "Uruguai", lá longe, na Tijuca, oh! Vazio "Espacial".
Tiradentes, com idéias americanas, lembrando a "Praça Paris", "México", "Venezuela" e "Paraguai", revivendo "Buenos Aires", sempre de braços com a sua "Conceição" e a sua "Constituição", rezando o "Rozário", para poder desfilar o "Sete Setembro", no dia da "Independência" com apito final de "Caxias", na Central.
De "Passeio" pelo "Castelo", a ouvir o "Ouvidor", passo à "Paço Imperial", caminho "pro-mar", até o 15 que chamam de Praça, cultura triunfante no "Correio", no Banco, tudo do "BRAZIL", na saudade de "Don Manoel". "Aqui agora" foi reconstituído o Espaço da Marinha, no Cais dos Mineiros.
Enfim, nos despedimos do Rio Branco, já com o Getúlio juntinho com o Mauá, afinal as torres da "Candelária" com a "Ilha Fiscal", diuzentos e setenta e um (271)
graus, nos dando, com menos noventa (90) graus cento e oitenta e um (181) graus, o Sul, a derrota de "Ida", "de volta", regressando, navegando, lembrando este Rio , tem Histórias, tem Estórias!... Tem memórias!...
Esta crónica foi escrita por mim em 1993 e distribuída nos principais jornais do Rio, porém somente os motoristas de Taxi deram importància ao escrito, por conhecerem a Cidade.