Usina de Letras
Usina de Letras
31 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63368 )
Cartas ( 21354)
Contos (13305)
Cordel (10362)
Crônicas (22582)
Discursos (3250)
Ensaios - (10728)
Erótico (13599)
Frases (51893)
Humor (20199)
Infantil (5634)
Infanto Juvenil (4975)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141355)
Redação (3368)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1969)
Textos Religiosos/Sermões (6378)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->FABIANA -- 03/02/2008 - 14:02 (thiago schneider herrera) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma rosa extremamente solitária num vasto descampado de terra úmida. É ela, a rosa, o descapado, a terra. Céu cinza, espesso, uma garoa fria e fina cai lentamente, deixando as pétalas e a terra umidas, fazendo desprender assim um aroma de paz e infància. De repente uma flecha luminosa rasga as nuvens de chumbo iluminando unicamente a rosa sem espinhos, feita somente de aroma e cor e uma delicadeza despropositadamente frágil; não chega a secar-la, só a faz desprender mais e mais aroma. O aroma é dela. Uma árvore quase nua se despi completamente de sua ultima folha. É ela; a folha também é ela, bailando no ar com a brisa até deitar-se no chao tranquilamente. Sobraram somente os galhos duros, pontiagudos, solitários, pois a beleza já não estava mais ali, estava deitada no chão tranquilamente. E eu ando, sem destino, apenas ando com uma dor sufocante que me comprime a alma, e de meus olhos brota uma lágrima em flor, é ela, me beijando a face áspera, escorrendo, acariciando meu pescoço e caindo no precipício que distancia meu queixo da terra úmida. A lágrima explode no meu peito, e ali, novamente nascerá uma flor. É ela, novamente. E meu coraçao vazio ecoa seu bater frenético nesse descampado que insisto em chamar de peito. Não há quase nada dentro, só pó e uma rosa fincada num chão úmido. E me afogo. E grito. E por fim silencio, já com diversas rosas em volta de meu corpo que brotou em meus olhos, mas nasceu no chão. Todas, simplesmente todas as rosas é ela. Sentado, sozinho entre flores, entre ela. As vezes sinto um afago que acompanha a brisa que baila envolta de meu corpo. Acho que é sua mão acariciando minha face áspera, consolando esse coraçao desesperado, tentando dizer-me algo, mas sempre, sempre escuto somente o silêncio. O silêncio e a brisa é ela.
Não peço explicações. Só peço que quando chegar minha hora, onde quer que esteja, que ela seja o anjo que venha me buscar, e que minha primeira visão seja seu sorriso delicado, seus olhos puros; uma das mão espalmadas em oferta e na outra, uma rosa para nunca mais me esquecer do caminho.
Hoje consegui sorrir, e só eu sei que o meu sorriso era ela.

T.S.H.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui