Você chega ao supermercado, coloca seu carro no estacionamento, apanha um carrinho de compras e vai à s compras. Escolhe pessoalmente, abre embalagens, compara preços; há pessoas que experimentam os produtos, comendo-os, bebendo-os ou aplicando-os em si, como os desodorantes, cremes e perfumes. O prejuízo certamente já deve estar embutido no preço das mercadorias.
Depois passa no caixa, paga (nem pensa em pedir descontos), enquanto as compras vão sendo ensacadas (quando não é você quem tem que ensacá-las), ouve as costumeiras frases:- Encontrou tudo o que procurava? _Obrigado e volte sempre!
Aí você chega numa loja pequena, entra, ignora o cumprimento do vendedor, não aceita a ajuda do mesmo que está apenas querendo personalizar o atendimento, danifica embalagens dando prejuízo (que não está embutido no preço para poder fazer frente à concorrência das grandes empresas) ao micro ou pequeno empresário e na hora de pagar pede descontos. E ainda reclama: _ Como? Só 5%? (Esquecendo que estamos num país praticamente sem inflação). Pede embalagem pra presente e mais uma sacolinha pra carregar o embrulho.
Ao sair, quase tropeça na porta que abrem pra você. Não responde à despedida nem ao agradecimento do vendedor. De cara amarrada, sussurra entre dentes: Puxa saco!