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cronicas-->O Dia Começa Para a Mulher Numa Grande Cidade -- 11/05/2008 - 13:53 (Academia Passo-Fundense de Letras) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nasce o dia, aparece o céu azul e convidativo. Os homens despertam e começam a correr... Apertam, ansiosos, o botão do elevador e quase nem se cumprimentam, porque vão elaborando, mentalmente, o esquema de trabalho.
A fisionomia ainda está cansada, abatida, mas logo começa a luta da condução, dos carros... O motor não pega, não há tempo para deixá-lo aquecer, enquanto passam crianças, soçobrando os livros, que vão felizes, conversando alegremente, naquele contagiante entusiasmo de uma vida plena de realizações.
Consegue-se aquecer o motor do carro e começa a briga para sair da garagem, que são filas e filas de carros com motoristas nervosos que não cedem lugar para ninguém e apesar de tudo, há tempo para se observar enquanto se espera que os homens parecem robós, movidos por um controle remoto. Não há mais gesto espontàneo, cavalheiresco, para ceder lugar a uma mulher.
Para quê? A mulher do século XXI compete com o homem em quaisquer circunstàncias.
Mas se eles soubesse como desejam ser simplesmente elas mesmas: esposas, mães, avós, simplesmente mulheres, num lar... Finalmente, ela consegue tirar o carro, rezando para o motor não apagar, fazendo-se uma rápida volta na rua.
Segue-se o caminho, a briga das sinaleiras é um espetáculo à parte e ninguém quer ficar para trás, porque o mínimo descuido da mulher, tem como consequência uma série de buzinadas, quando não, de alguns desaforos proferidos por pessoas de linguagem mais pronta...
E lá se vai a motorista, atenta às ruas, ruelas, buracos no calçamento, enfrentando o grande tráfego, fazendo ginástica para evitar colisão com os monstrengos que cortam o caminho.
Chega-se, finalmente, ao local de trabalho.
Há placas com dísticos que diminuem ainda mais o local de estacionamento, e o lavador de carros está atento. Indica o lugar mais adequado para estacionar nem que ela tenha de fazer mais umas tantas manobras.
Finalmente, vinte minutos depois, com toda a presteza e concentração de atenção, ela consegue chegar à sala de trabalho.
O cansaço já é evidente antes mesmo de iniciar a atividade prevista.
O pensamento da volta, de enfrentar o pique do meio-dia, de apanhar a comida e entrar numa fila compridíssima já desanima qualquer motivação inicial.
Mas, para os que ainda têm um pouco de sensibilidade há algo que ajuda a criatura a se encontrar consigo mesma: é a paisagem que se descortina na radiosidade de um dia de luz e de sol, há um sorriso nos lábios, a pouco apreensivos e lá se vai a mulher executar a tarefa diária.
Esta é apenas a "1ª etapa" de um dia, da mulher que trabalha fora do lar. A "2ª etapa" seria bem mais difícil de descrever. Fica ao sabor da imaginação de cada um...

Selma Costamilan, professora, historiadora, cronista e poetisa é membro efetivo da Academia Passo-Fundense de Letras. Endereço para correspondência: Rua Valdemar de Castro, 110 - CEP 99.070-150 - Passo Fundo RS.
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