Dia desses, na calma do lar, precisei fazer uma devassa no tal jornal. Necessitava me inteirar do mundo em alguns minutos, tinha entrevista pro exame de feses em algumas horas. Sabe né, é a globalização, vaca tem que saber latir e peão tem que saber o que acontece no mundo até prá cagar. Tem uns que o fazem cagando, lendo jornal papel é que não falta.
Então, lia o jornal, e aprontava algo para comer (obviedade leitor, obviedade: como cagar sem comer?). Nesse frenesi, comida ainda não tava pronta, mastigava notícias.
O Eurico Miranda queixava-se da superexposição de seu nome na CPI do Futebol, insinuando, inclusive, que muitos parlamentares utilizavam-se da balbúrdia em torno da grife "Julguei Eurico Miranda" em troca de marketing pessoal.
Queixava-se também da "grobo" (existe polêmica sem ela?). Dizia o Eurico que era alvo de perseguições pessoais, que as pressões haviam aumentado após a final (?) da Copa (?) João Havelange, episódio em que o Vaxco entrou em campo com camisetas com o logotipo do SBT. Detalhe: a transmissão era "excrusiva da grobo".
Pronta a salada.
Pensei melhor, a "grobo" elegeu Eurico persona non grata do ano, e boicotou ele como carne canadense. Mas, pensando melhor ainda, discutir a procedência da carne, num país onde ela é luxo prá maioria, vai me tornar melhor enquanto pessoa? Repito. Mas, pensando melhor ainda duas vezes, discutir a treta da "grobo" com o Eurico, num país onde os loucos comandam os senis, leva a algum lugar?
Salada sem acompanhamento não tem graça.
Faltava o churrasco.
Parece que a loirinha do Park deixou a vaca no fogo. Ou o contrário, não sei. Deve ter faltado carvão por lá, toca uns negrinhos, como no tempo dos missionários... O que não pegar fogo vira mão-de-obra escrava.
Resultado: queimou o churrasco no Park da Loirinha.
Loirinha da tevê, canadenses, Eurico Miranda, Gavião Bueno mudo quando viu a camiseta do Vaxco.