Somente depois da próxima segunda-feira as coisas voltam à normalidade no Brasil. De primeiro de Janeiro até o Carnaval, tudo anda devagar como se o período fosse de férias prolongadas.
Nas escolas, professores e alunos competem em número de faltas. O comércio faz liquidações e não repõe os estoques. As indústrias não vendem porque o comércio não compra. Esse compasso de espera já faz parte do calendário brasileiro.
Com esse marasmo e gosto de ressaca na boca, fazemos da procrastinação um notável aliado para esperar acontecer. Mas agora não temos mais desculpas! O Carnaval já se foi e precisamos recuperar o tempo e dinheiro gastos com as "merecidas e prolongadas férias".
Quanto gastamos? Alguns gastaram mais do que deveriam e no momento de contabilizar, ficarão perplexos e apreensivos com as dividas contraídas em cartões de crédito ou cheques especiais. Outros mais prudentes gastaram somente o necessário, e, alguns mais espertos conseguiram ganhar dos menos precavidos alguns reais que lhes garantirão maior estabilidade financeira no decorrer do ano.
Mas a vida é assim! Oportunidades de ganhos para uns e gastos para outros. Não nos parece que a crise financeira mundial tenha mostrado as suas garras em nosso país. O balanço após o Carnaval dará informações mais corretas sobre a situação, mas as prévias comunicadas pela imprensa revelaram resultados bastante otimistas para a rede hoteleira, restaurantes, transportes e demais elementos que fazem parte da rede turística.
Entretanto, passado o Carnaval haverá um grande número de trabalhadores sazonais desempregados. Esses somados aos desempregados da indústria e comércio certamente formarão um grande contingente, que dependerá do crescimento de produção e exportação de nosso país para achar novas colocações.
Os Blocos e as Escolas de Samba já chegaram ao fim do desfile; os turistas voltam para suas cidades de procedência, e, todos sabedores de nossas responsabilidades, precisamos fazer rodar as engrenagens que movem o desenvolvimento.
É importante também que os políticos "saibam" que o Carnaval acabou e esqueçam os trens da alegria e os blocos do "Queremos mais"!