"Eu te amo. Tu me amas.
A vida é mesmo assim.
Nós nesse amor sem fim."
Este era um pedacinho de minha cantiga de ninar preferida.Surgia espontaneamente de meu coração. Não sei como e quando.Lembro-me dela todas as vezes que vejo uma criança pequenina. Com ela fiz adormecer filhas, sobrinhos e netos. Tantas outras tantas crianças com as quais tive contatos e, em meus braços dei-lhes o aconchego merecido.Não entendo de música.Sei que sou uma desafinada! Os parentes e conhecidos me viam, nessa ocasião, quase como uma fada que tem uma varinha mágica na mão e consegie tudo. Mas, o certoé que conseguia dar um som cheio de melodia que a criançada logo se acalmava e adormecia num sono gostoso com aqoele cantarolar, a meu modo.
Hoje , com o passar de longos anos com essa experiência,sei que o motivo de adormecer facilmente as crianças, até as mais rebeldes, não era questão de som bonito ou feio.Criança não entende disso. Era o tom. Sim, isso mesmo. O tom de minha voz, entremeada de muito carinho,acompanhada de gestos demonstrando todo um amor, é que transmitia uma energia produzindo a segurança e o afeto de que elas precidsavam.
O "TOM", portanto, é que faz muitas vezes o diferencial numa relação. Não adianta insistir. É preciso aprender que sese tem que baixar po aumentar o volume do tom, dependendo da ocasião.A mágica do amor está em se descobrir aquele "TOM" que deve ser dado na hora certa e no momento exato.E o mais importante é que cada um saiba transmitir amor ao outro, ou falando baixo e até sussurrando ou, ainda, alto e até gritando. Cuidado que esse último tom é muito perigoso!
Somos todos nós eternas crianças por dentro.Isso é que nos faz aparentar jovens. Queremos sempre carinho e muito mais carinho.Eternamente, somos, na essência, um ser carente e frágil. Não adianta mesclar a imagem.Na "hora h" tudo vem à tona.Estamos todos numa mesma estrada nada existe, além de uma "mão e contra-mão".Isso quer dizer que quem vai seguindo na "não" deve distribuir amor, pois quem vem na "contra-mão" quer receber amor. Assim,para se viver satisfatoriamente, o mais sensato é optar em ser um mensageiro do Amor praticando o Bem e a Justiça.
E se encontramos alguém com os mesmos ideais para se andar pela mesma estrada e, juntos de mãos dadas espalhando o amor, é que a vida se torna mais bela!
Autora:
Yeda de Moraes Souza Machado
Membro da Academia Parnaibana de Letras/APAL
Ocupante da Cadeira Nº33