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cronicas-->CRIANÇAS QUE CHORAM AO INVÉS DE SORRIR -- 08/04/2011 - 21:37 (Dalva da Trindade S. Oliveira (Dalva Trindade)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131530994072704000
















CRIANÇAS QUE CHORAM AO INVÉS DE SORRIR





























"Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar."















- Monteiro Lobato.































Enquanto as crianças não gozam mais do direito de brincar tranquilas nas ruas onde moram, nas praças das cidades e nas escolas onde estudam, Monteiro Lobato, com sua obra maravilhosa, é um dos autores de obras infantis que os “politicamente corretos” querem encarcerar em celas de periculosidade máxima, sem direito a visitas infantis.















Só as crianças e os adultos que conservaram no seu íntimo as características da infância entendem que o que lhes assombravam não eram as imagens criadas para o Sítio do Picapau Amarelo, as Reinações de Narizinho, assim como as brincadeiras com cantigas de roda e as histórias que o folclore preservou e são repassadas pela sabedoria popular.















As crianças conseguem viver o presente em um mundo de sonhos e fazer o deslocamento rápido de uma fantasia para uma brincadeira real, com a mesma agilidade e alegria. Só aqueles que acreditam na afeição, na pureza, na vida e na verdade alcançam esse feito com maestria.















O que os adultos sem sonhos, que mataram as suas crianças interiores – voluntariamente ou não – conseguem oferecer de melhor às crianças que ainda podem ou desejam viver a sua fase infantil sem o medo, o descaso, o terror, a violência que a todo momento cruzam os seus caminhos?















Os adultos que viveram uma infância de muitas brincadeiras sem medos com seus amigos, que leram os contos infantis de castelos encantados, príncipes, princesas, bruxas, bonecos e bichos falantes, que confiavam no seu anjinho da guarda conservam a beleza dessa alma infantil. Essas crianças de ontem não queriam, precocemente, ser adultos, mas eram alegres e espontâneos caricaturistas ao calçarem os sapatos maiores que seus pés, usarem bolsas e chapéus, vestirem as roupas grandes e folgadas dos seus pais.















As crianças com direito de viver a infância não precisam entender de leis que estabeleçam o que uma vida saudável já oferece naturalmente e com generosidade.















Os adultos deveriam preservar com amor todos os costumes e ambientes favoráveis ao desenvolvimento das crianças para não precisarem lamentar com dores, medos, inseguranças e muita tristeza as mortes prematuras dos seus pequeninos e enterrarem definitivamente, com eles, a criança interior que eles não não souberam cultivar.















Ainda podemos plantar sementes de qualidade; cultivar com carinho os pequenos brotos e ver, com amor, o desenvolvimento de um belo fruto até a sua maturidade. Entretanto, só é possível presenciar esse milagre da vida se agirmos como crianças: vivendo o presente, dando muita importância a cada pequeno instante, com a seriedade de uma criança.















O futuro chegará e nos dará a resposta sobre as nossas ações ou omissões. Não importa em quanto tempo... Mas o que fizemos enquanto ele decorreu.















Salvemos as nossas crianças! Criemos ambientes favoráveis onde elas possam morar! As crianças merecem todo o nosso amor.































Dalva da Trindade de S. Oliveira















(Dalva Trindade)















08.04.2011 – 20h56m
















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