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cronicas-->A Dor -- 19/04/2001 - 17:01 (IVANILDO PORFÍRIO DA CRUZ) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Dor
Ivanildo Cruz

Já dizia o poeta Francisco Otaviano:
"Quem passou pela vida em branca nuvem",
Em plácido repouso adormeceu.
Quem passou pela vida e não sofreu,
Foi espectro de homem - não foi homem.
Só passou pela vida - não viveu ".
A dor é um aviso. Quando aparece em um lado, indica que o problema está do outro lado do corpo. Há essa inversão na corrente de energia, explicada pela medicina oriental.
A descoberta da anestesia com o uso da morfina, incrementou o desenvolvimento da cirurgia, pois a dor pode ser controlada. No entanto, o exagerado uso das intervenções
tem prejudicado a clínica geral. Em "Relatividade Absoluta" (Musso Publicações - SP, 1985), o professor e escritor, Tomio Kikuchi, tem esta opinião sobre o assunto: "A inclinação fanática à cirurgia é uma clara falha da forma e função da medicina atual que acarreta em sérias consequências para a vida humana". E acrescenta: "A medicina mais ideal, adequada, portanto e útil às nossas necessidades, é a da clínica geral, que deveria ser o principal campo da medicina, pois consiste no tratamento geral do paciente. Por isso, a cirurgia deveria ser complementar, pois, o principal é o funcionamento do corpo". Quase toda a população acompanhou o desenrolar do recente drama do ex-governador de São Paulo, Mário Covas, com difíceis problemas de saúde. Retalharam tanto o seu corpo, sem sucesso. Que sofrimento!
Por outro lado, a psicóloga Amparo Caridade em artigo ("O doer nosso de cada dia") para o "Diário de Pernambuco" faz quase a apologia da dor. Começa destacando o verso da cantora Marisa Monte: "A dor é minha só e de mais ninguém". Amparo salienta a capacidade que a maioria dos artistas tem de entender o sentido da dor na vida. "Cantá-la talvez seja um modo de torná-la menos dolorosa" - completa. Ela insiste em que temos de ser gratos aos seres portadores da capacidade de dar forma e beleza à dor. Falando na dor física, não sei como a dor teria beleza, pois alguém com dor tem sempre a cara feia... A não ser para o artista que produza uma obra prima. Como o mineiro Aleijadinho, mesmo sentindo as atrozes dores dos seus aleijões, esculpiu as mais belas e perfeitas esculturas. A autora lembra ainda que a dor é nossa sócia, juntamente com a alegria, o prazer e felicidade. Por isso, não é estranho que o professor Kikuchi diga: "Morrer é indispensável e viver é dispensável". Frase que dá para "mastigar" muitas idéias e conclusões.
Para o escritor e professor Georges Ohsawa, com base na medicina oriental, a dor é um alarme que nos recomenda mudar de orientação. Se a evitamos, perdemos a chance de cura, talvez para sempre. Mas, quem poderá se dedicar a exercícios espirituais, fazer uma oração, sentindo uma dor de dente? "Os ocidentais não amam a dor... Procuram medicamentos "maravilhosos" que matam a dor a todo preço" - opina Ohsawa. Ele acrescenta que os produtos farmacêuticos modificam nossa constituição fisiológica e psicológica, superficial ou parcialmente, mas não profundamente.

4/4/01
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