Gumercindo era um menino triste, andava tão devagar que a sombra de seu pequeno vulto humano viajava muitos metros à sua frente. Todos os meninos de seu tempo conseguiam pisar a própria sombra. Gumercindo não! Estava sempre atrasado... Era devagar na escola, devagar em tudo... Em muitos anos de estudo, só aprendeu o be-a-bá.
A cada instante, Gumercindo ficava mais franco, até que um dia sua sombra o abandonou totalmente.
A mãe já não sabia o que fazer para salvar Gumercindo...
Sinhá disse: 'Dê feijão de corda a este menino, comadre!' E feijão macaçar salvou Gumercindo. Abaixo de Deus, foi o caldo de feijão que salvou o nordestino de morte por inanição.
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