A timidez causa enormes transtornos não só no relacionamento do tímido com as demais pessoas como também consigo mesmo. O tímido embora seja uma pessoa criativa, pois ele precisa mais do que os outros de encontrar formas de driblar suas fraquezas, é um ser limitado. Já que não encontra forças para superar obstáculos que ele mesmo cria para si. E nada é mais terrível para um tímido do que tudo aquilo relacionado a sexo.
Coitado. O garoto era tão tímido que parecia ter vergonha da própria nudez. E o pior: cresceu assim, envergando-se de qualquer coisa. No começo da adolescência, quando a sexualidade mostrou seus primeiros sinais, lutou contra ela como se algo muito vergonhoso crescesse dentro de si. Aos poucos porém, mergulhado no abismo da ignorància, acabou se rendendo, principalmente quando o interesse pelo sexo oposto deu os primeiros sinais. A timidez no entanto, o impedia de compreender aquilo. Só a ideia de ver uma mulher nua lhe fazia corar. Falar sobre sexo, mesmo com um amigo de escola, parecia-lhe um pecado mortal, embora ouvisse outros alunos falarem do assunto abertamente. Por isso, cresceu quase que na completa ignorància.
Aliás, aos 14 anos, quando os impulsos sexuais aflorara e o torturaram sem que soubesse o que fazer, descobriu por acaso que poderia atenuá-los ao masturbar-se. Só havia um problema: não sabia como fazer. Ou melhor: sabia que tinha de friccionar o pênis, mas não tinha a menor noção de como proceder, pois nunca perguntara, nunca ouvira ninguém comentar e nem mesmo lera em algum lugar. Aliás, com relação a sexo, a única coisa que sabia era que o homem deitava sobre a mulher e mexia os quadris para trás e para frente. Pois foi assim que aprendeu a masturbar-se.
Embora fosse bem mais fácil agarrar o pênis com a mão e movimentá-la para trás e para frente como faz todo garoto, inclusive bem mais novo que ele, isso não lhe ocorreu. A timidez acabou por lhe negar esses conhecimentos. Usou o pouco conhecimento de que dispunha. Simulou um ato sexual. Como? Dobrou a toalha várias vezes, colocou-a no chão e deitou sobre ela de forma que esta ficou sob seus quadris. E então ele os movimentou como se estivesse em cima de alguma das colegas de classe. Obviamente isso deu resultado; pois depois de um minuto ou dois chegou finalmente ao gozo. E assim passou a fazer quase que diariamente.
Claro que friccionar o pênis sobre uma toalha da forma que ele fazia tinha lá seus inconvenientes. Machucava-lhe o falo. Principalmente na parte debaixo, próximo à glande. Muitas vezes chegava a sangrar e após o gozo com muita dor. Isso no entanto não o impedia de no dia seguinte fazer o mesmo. Pois quando a excitação se tornava intensa era como se o ferimento desaparecesse.
E durante muito tempo foi assim que ele se masturbava. Aos poucos porém acabou por descobrir como fazer a coisa certa e de forma menos dolorosa. Por outro lado, ao não maltratar o pênis como antes, não resistia a tentação de masturbar-se 3 ou 4 vezes ao dia. Embora não fosse capaz de se aproximar das meninas da escola pelas quais se encantava, não perdia a oportunidade de chegar em casa e, ainda com o uniforme, correr ao banheiro para uma punheta. E durante mais de dois anos só conheceu o prazer sexual dessa forma, até que um dia o tio e um amigo resolveram levá-lo a uma casa de prostituição.
Mas isso já é outra história.
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