Nem vem. Ficas aí, longe, que é melhor. Estou a séculos de distância, ninguém avisou? Tenho mais o que fazer. Tenho livros a reler, misturas pra comer, segredos pra coser. E daí? Quem se importa? Faz tempo que não chove em minha horta.
Vai, tira um cochilo. Dorme na manha; Tu estás estranha pra sempre, eu já não bebo de teu cálice. Aliás, só bebo do meu, depois de lavar bem. Não suporto vinho fraco.
Mexe a colher, mexe. Vai fundo na tua onda. Surfa teu desgosto, que meu Abril é outro. Tu estás entretida com tuas unhas, eu roo as minhas, até o osso, desgraça.
Estás rindo? Não tem graça, depois te arranco a aorta e me xingas de boçal. Vais dizer que em teu café pus sal? Não foi, foi pó de mico. Coçando?
Foi mal.
Não quero desculpas.
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