Espero que tenhas mais sorte do que eu — disse o Sr. X em mensagem particular ao Gustavo K. — Fui publicando minha 'Dama do Metrô', conforme ia escrevendo e o povo caiu de 'pau' em mim porque eu não corrigia os textos antes de depositá-los no site. Foi uma lástima. Parei. Não parei de escrever. Parei de postar na Internet.
Vez por outra deixo pingar um trechinho em conta-gotas, só para testar o canal e o referente, obter o feedback do receptor, e reparar algum "ruído" na comunicação.
Não me importa se arranho o padrão culto da língua. Se me falta algum "s" ou se tem letra a mais nesta ou naquela construção... Quero é comunicar com o povo, na linguagem do povo. E se um dia eu for publicar algum livro, pagarei pela revisão.
Ora, o pensamento é muito mais veloz do que o punho. Não consigo digitar tudo que me vem à mente. A inspiração chega em borbotões como uma cascata de luz... Aí, anoto alguma palavra-chave num pedacinho de papel e depois desenvolvo o texto que ficou para trás. Assim, chego a produzir dez laudas por dia e varo a noite quando a musa não me deixa dormir.
Se me apegar à gramática, as palavras não fluem... não consigo escrever nada que preste. Então, entre o informal que é a língua verdadeira do povo e o padrão elitizado, maquiado, fico com o coloquial, abraço o lúdico que agrada a maioria dos falantes, composta de gente simples como eu. O importante é comunicar.
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