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cronicas-->Os Sonhos -- 21/02/2014 - 10:48 (flavio gimenez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Caminhando. Sem olhar ao lado. Que preço a pagar! Pudera, vendi meus sonhos. Preço módico! Quem vai levar? Meus sonhos eram inúteis, não serviam a nada, a ninguém. Vendi a juros; O juro é meu sangue, as prestações são meus ossos. Quem leva de primeira? Bati o martelo, vendido ao camarada ali da direita. Ou da esquerda, tanto faz. Os sonhos já não são meus, eram, agora flutuam à espera de que se os peguem. Estão lá, numa parede, pendurados como samambaias. Reguem, antes que morram! Mas tem de ser logo, porque caminho, sem olhar para os lados, com saudade de mim mesmo. Meus passos secos ecoam no abismo. Logo adiante, precipito-me na torrente de bocas ávidas, olhos secos, braços autómatos. Minha língua, cola-se-me ao palato, mal falo, tenho a vida para tocar, tenho medo e não espero.

Caminho.

Nem olho ao lado.

Reguem.
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