POLÍTICO: SER OU NÃO SER!
Jô Formigão é um homem estritamente honesto, foi eleito vereador algum tempo atrás, lá em Cafundós de Judas, e está passando por alguns apuros nessa sua primeira convivência com seus colegas de partido.
Ele revela, com certa cautela, que tem notado alguns “esquemas” estranhos de trabalho no âmbito da câmara municipal, com os quais ele não concorda, fazendo com que ele viva esses seus primeiros dias como um verdadeiro “peixe fora da água”.
- Não sei mais o que fazer. Ou eu entro no “esquema” imposto pelos meus colegas ou não conseguirei ser reeleito na próxima eleição – lamentou-se.
Esse impasse "profissional" tem lhe atormentado há já alguns dias, mas se depender de sua vontade de progredir no ramo da política partidária, fatalmente ele irá acabar cedendo...
Na qualidade de vereador eleito pelo partido da oposição, ele desconfia que sempre houve muitos interesses pessoais espalhados por todos os lados e para todos os gostos e que a manutenção desse “esquema”, visando sua possível volta na próxima eleição será um “negócio” muito interessante.
Usando um linguajar político que diz não ser de sua autoria e sim dos demais membros do seu partido, ele afirma que se o “planejamento” for bem feito durante a vigência do mandato, aqueles gastos feitos antes, durante e pós-seleção dos representantes regionais, tenderão a produzir um retorno financeiro “basilarmente” garantido.
Ele tem notado que esse “esquema” sempre existiu e com o que ele não concorda inicialmente, mas se depender do ânimo político e filosofia de seu partido, isso não irá acabar tão cedo. Faz parte da cultura de sua classe e, segundo ele, o povo tem conhecimento de alguns fatos e tem convivido com tudo isso há muito tempo, sem reclamar...
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