IMAGINEMOS...
Por Germano Correia da Silva)
Imaginemos o ex-deputado e também ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cosentino da Cunha, na cadeira de réu da Operação Lava Jato, por conta de uma delação premiada, atuando como delator dos feitos delituosos dos seus desafetos e dos companheiros infiéis.
Imaginemos o vice-presidente Michel Temer, também na cadeira de réu da Operação Lava Jato, contando tudo o que sabe e até o que ele suspeita da presidenta Dilma e do ex-presidente Lula, sendo inocentado e liberado em seguida em face da veracidade de suas informações durante seu depoimento esclarecedor.
Imaginemos o povo, novamente nas ruas, fazendo manifestações, pedindo eleições diretas já, por não confiar no vice Michel Temer, sem poder contar com o “cacique” Eduardo Cunha, sem acreditar no Renan Calheiros, bem como sem ter um candidato à altura de suas expectativas.
Imaginemos todo esse aparato popular de "meias verdades" e/ou "mentiras", apoiado mais uma vez pelos veículos de comunicação de massa, tendenciosos ou não, tentando induzir o povo a andar pelos “caminhos” que os partidos de direita e de esquerda entendem serem os corretos, se alastrando de norte a sul e de leste a oeste do nosso país.
Imaginemos o furor de ambas as torcidas (de direita e de esquerda) se revezando, para não perderem o foco da discussão, clamando urgentemente pelo surgimento de algum “salvador da pátria”, e que em alguns momentos esses movimentos populares possam acreditar que tudo isso que está acontecendo no âmbito da política partidária nacional é para melhorar a vida do nosso povo.
Imaginemos que em meio a essa onda de incertezas político-social e econômica, ainda exista alguém que está acreditando que assim que a Sra. Dilma Rousseff for impedida de continuar como chefe da nação toda a corrupção da política partidária nacional sairá com ela e de braços dados com os seus aliados.
Imaginemos então, que nada disso que menciono aqui tenha algo a ver com a situação caótica que nosso país está atravessando, no âmbito da política partidária, social e econômica como um todo e que, em breve, tal qual num passe de mágica, comeremos “coxinhas” e “pão com mortadela”, juntos, sem a necessidade de um muro de contenção ancorado, nos separando uns dos outros, como aconteceu dias atrás.
Imaginemos….
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