* - "Quem tiver um coração dentro do peito, condenado à prisão de um falso amor, não desista de buscar a liberdade. Seja forte, não se entregue à sua dor..." (Dom de Cancioneiro, Donizete).
Aos apaixonados da vida, que passam o mágico Dia dos Namorados sofrendo circunstancialmente agruras amorosas, dedico esta comovente página de amor. Escrita por alguém que tinha tudo a ver comigo. Infelizmente, nem tudo são rosas, não é mesmo?
"Ai, amor, leia isto:
`Por que? (Stella de A.).
Por que nem te recordas mais de mim? E por que, por que eu sofro tanto assim? Ah, meu amigo, eu não sei mais viver, e preciso de ti, preciso crer!
Era através de ti, do teu sorriso, que eu enxergava ao longe, um paraíso; e só encontrava ànimo e coragem em tudo, divisando a tua, tua imagem.
Era em ti que eu achava o meu remanso, e que a minha alma, enfim, tinha descanso; tuas mãos eram bálsamos e guias para as asperezas e as dores do meus dias.
Teus olhos projetavam claridade para os meus verem tudo com bondade; tuas palavras sussurravam, fundo na minha vida e sobre a voz do mundo...
Era a música doce de um carinho que vibrava, encantando o meu caminho; teu abraço era um sonho, que a magia do teu amor em luzes me envolvia!
Por que não me dás mais a graça infinda de um bem querer... numa ilusão tão linda? Por que nem te recordas mais de mim? E por que, por que eu sofro assim?...´
Querido meu, leu que lindo e profundo? Quisera inspirar-me como a autora para poder expressar-me com esta mesma facilidade. Gostaria de infundir a você aquele sentimento de afeto que para você, talvez se encontre em estradas longínquas, mas que, para mim está tão perto, e é tão ardente como outrora. Bastaria que eu tivesse a certeza de que a esperança que guardo comigo, se torne real, viva, capaz de encher meu coração de alegria. No entanto, fico à espera de que tudo não seja ilusão e que o meu sofrimento não tenha sido em vão.
Leio e releio os versos, cerro os olhos por instantes e revivo a autêntica situação do que se apresenta nas palavras da autora.
Ainda para reforçar a minha angústia parecem vir de propósito, como para zombar de mim, estes versos: Amado meu. Por que nem te recordas de mim? E por que sofro tanto assim?
Pense nisso, meu amor. Da tua eterna namorada. No mundo, viver sem ti, é penoso demais para o meu coração perdidamente apaixonado..."
