O tempo, hoje, é quente, quase deixa
Patrício pasmado, párvulo, pateta.
Não sou quera para qualquer queixa,
Faço do fato fonte de fingir poeta.
Sábia é a que sabe usar o sabão contra o fedor,
Chacoalhando o xexelento xibiu?
Ou a xibimba que tapa tudo com xamata e xador,
Nunca nadou e nenhum sabão viu?
Cecê sabe se cê-cê cessa? Porque fazer tim-tim com taças de plástico, na hora do almoço, como faz a
família do Tim, inda mais agora nestes tempos, tão bons que não incentivam ninguém a gastar nem
sabonete, em que os aerossóis estão mais que condenados...Oh, meu São Pedro, que alguém da Saúde
Pública visite aquela santa casa e ensine umas lições de pedotrofia para aquele irmão mais velho,
a fim de aplicá-las aos demais órfãos.
Jogam futebol por toda a manhã, ficam treinando passes altos sobre a área adversária e, quando
chegam em casa, o Tim ainda dá os parabéns a todos por fazerem economia... Ninguém entra de
peixinho... Família órfã é assim mesmo.
Quando se fala no assunto, todo mundo quer ser o mais recente. É uma choradeira, parece até uma
colmeia órfã. Eu, toda a vida ouvir falar, que cê-cê não se sessa, só cessa se bem seco o sovaco,
depois de lavado, coisa rara num aleijado desassistido. Mas, na casa do Tim ninguém é aleijado. E
não é que ele cortou até o chuveirinho? Ele alega para os meninos que a casa deles não é nenhuma
grande área. Afinal, ele tem lote de uns 12 x 30 metros. Descontado o barracão, ele bem que podia,
pelo menos, levantar um cano lá fora, e colocar um chuveiro de água fria para os moleques. Da minha
parte, chega! Não aceito mais convite nenhum do Tim. Vá fazer tim-tim lá no raio que partiu o
fusível...
Eta Brasil que economiza, só... E, quanto mais, menos. Só que meu pai deixava a gente tomar banho. E
celebrava a vida conosco, no almoço de domingo, com vinho dissolvido no jarro de água com açúcar. E
fazíamos tim-tim várias vezes. E, naqueles tempos, ainda não havia plástico na praça. E, mesmo que