Não sei o que me coloca nessa existência. Não sei. Talvez porque um dia me vi com vida e ela querendo brincar, se escondeu no quintal onde eu adorava subir o pé de goiaba. O pé de goiaba também era vida. Subia e descia aqueles galhos e lá ficava sentada a saborear a imagem das galinha correndo atrás dos pontinhos e os galos, todos imponentes, claro, a ditar a ordem do dia. Os cachorros faziam a festa. Samanta, Fanni, Susi, Kimba e a gata Pequenina vinham sempre dar o bom dia. Todos partiram. Fiquei. Na memória do quintal ainda sobrariam histórias pra contar. Espaço havia. Mas o tempo, professor da vida impõe limites e avisa que você tem que sair do quintal pra reinar, se ela a tão melindrosa vida, permitir.