Padre Bidião como de costume, assim que levantava, ia carimbar sua presença em seu amigo trono que, diga-se a verdade, esse tal trono é amigo remoto não só do padre Bidião, mas de toda uma realeza anterior aos nossos contemporàneos. Se pensar que estou a mentir, é só ir além mar e visitar o Palácio Nacional de Queluz, na cidade de Queluz, Lisboa. Lá o trono, como o próprio nome diz, é um verdadeiro assento real no qual Reis e Rainhas, príncipes e princesas, produziam suas nobres fezes. Partindo do Real ao real do brasiliano, nossas cagadas têm todo o tipo de aroma, dependendo da gastronomia local. Entretanto, a do padre Bidião, é inodora pois que a dieta a que o mantém em pé é justamente a hóstia da partilha da Cruz no seu cada qual e o vinho que jorra dos poros de todo um sofrimento a que ele vivência no enclaustro. Enquanto os despojos dos demais são expostos, as do padre são devidamente acionadas pela descarga e vai ao encontro de todas as cagadas para ver se purifica um pouco o ambiente insalubre. Pelo visto, muito trabalho o padre Bidião tem pela frente, uma vez que o humananimal não está disposto a reciclar seus dejetos. Querem tão somente, despejá-los ao vento ou nas caras caricaturas alheias.