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cronicas-->FILHOS MAIS VELHOS -- 15/01/2017 - 14:36 (Dalva da Trindade S. Oliveira (Dalva Trindade)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:150299123209892700

FILHOS MAIS VELHOS Creio que para entender o filho mais velho, só sendo um deles também. Ele é criado e educado para proteger, ajudar, ser forte, socorrer, aprender a se virar na vida e, quando tem uma atitude de sensibilidade, ou necessita de carinho é desacreditado, porque "os fortes não precisam disso." O resultado é um filho carente de colo que nenhuma guloseima ou presente preenchem o vazio de um abraço, de um beijo, por maior cumplicidade que haja. Cria-se, sem perceber, um filho com muitas mágoas, carências, lampejos de agressividade; um ser que só quer amar e ser amado e, facilmente, revida qualquer suposto ataque como um felino preparado para lançar- se à caça e que se defende com unhas e dentes. Sozinho, sua dor aparece, as lágrimas rolam escondidas, até vir o sono reparador. Passa a vida tentando preencher esta carência, culpando- se das reações de defesa exarcebadas, porque desaprendeu a viver na companhia constante e receber o calor da família, muito incentivo e menos palavras carinhosas... Não é facilmente percebida essa felicidade serena dele querer estar mais vezes com quem ama. Torna-se vítima, muitas vezes, dos mesmos sentimentos, acreditando em amores que não são verdadeiros, e isto só aumenta o fosso aberto na alma. Amar- se muito, valorizar- se e cativar-se carinhosamente melhora a autoestima destes filhos. Conseguem ser felizes, sim, e muitos estranham sua alegria escancarada de viver. Deus e a vida são suas grandes fontes de amor e carinho. Compreendidos ou não, vivem cada momento, não aceitam a palavra "sobrevivência"; parece resto, mendicància. A liberdade das suas atitudes e decisões agora incomodam os que nunca perceberam o carinho como o tesouro mais buscado pelos filhos mais velhos. Havia o amor na família... Ele nunca faltou, mas os menores eram mais protegidos e nem se davam conta disso. Mimos materiais não substituíam a vontade de receber um cafuné ou de ter vez de deitar no colo para onde acorriam os irmãos mais jovens. Dalva da Trindade S. Oliveira (Dalva Trindade) 15.01.17
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