O fogo começou fora e contaminou os sentidos ilhados na imensidão solitária do arquipélago. O repouso partiu, a paz desmaiou, o coração acelerou e pediu pra sair correndo e ele sorriu. Todas as fibras musculares tremem, não sente o corpo e a mente acelerada, com os neurónios trabalhando loucamente através das sinapses emitem o medo de choque emocional que pra sempre marca. De repente, mais parecia que a ilha iria se afogar na fumaça do fogo culminando com a terrível sensação de vazio no escuro. Do outro lado da linha, vozes calmas a orientar o vóo da águia desesperada na fuga do deus fogo todo poderoso e majestoso. Respiração voltando ao ritmo normal mas a vigília alerta, coração medroso, olhar de criança que chora e pede socorro. Ele rindo. Ela piti, e tremendo a essência dos móveis, corpo congelado no inverno calorento. Tudo treme, os móveis, a sala, a casa e a vigília dói.