Meu lençol de seda, preto.
Me, cobre e me tira á vida...
Danifica minha pele,
Mata o ser que vive em mim.
E imenso é gigantesco.
Mais parece de cetim...
Eu sou vida sou amor.
Muitos precisam de mim...
O tecido que produzo,
Saiu de dentro,
lá do fundo do meu ser.
Se o homem foi capaz,
Polui e danificou...
De mim sai o que ele quê...
Para sua sobre vida...
Sustentar sua família.
Outros seres vivem aqui.
Precisam sobreviver...
Sem ganància e sem guerra,
Também servem de alimentos...
Procriam e dão filhotes,
Alimentam os humanos,
Com penas, peles e ovos...
Carne branca que alimenta...
E plumagem que aquece.
Quando vivos sobrevoam...
Fertilizando nossa terra.
Ah! Estes seres ingratos...
Não merecem o que tem.
Vão perder o que ganharam...
Dias vem, dias vão...
Insanos seres,
nem perceberam...
Que perderam o seu pão.
Cada dia que se passa...
Eu mudo de direção.
Em baixo eu sou salgada,
Evaporo e fico doce...
Um dia quando eu morrer,
Vão sentir falta de mim.
Autora: KaKá Ueno.
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