O vácuo que a perda provoca, permite o retorno ao início da existência em que o oxigênio da vida reinava. A presença de uma pessoa com a qual temos vínculo afetivo, torna-se marcante quando analisamos nossa história e logo percebemos o seu significado. No vácuo, não há como reciclar a existência e muito menos a lembrança que a ausência deixou. Fica então, uma sensação de queda livre dos penhascos que tentamos agarrar a todo o custo para evitar a queda em si diante do fato. A morte, é um fato líquido, certo é natural de toda a forma biológica de vida, encontrando mais dificuldade de aceitação principalmente por parte dos humanos, pois a convivência cotidiana ainda que seja só por grau de consanguinidade, prioriza a nossa referência, ou seja, existimos graças a uma herança genética. Muitas vezes, ficamos receosos de perder esse referencial anterior a nós e temos o pressentimento de que não seremos capazes de dar continuidade ao projeto de vida com a qual fomos agraciados. Sendo assim, o vácuo da ausência provocada pela perda, só impedirá algo futuro caso tal ausência não seja trabalhada como uma oportunidade de crescimento do indivíduo HOMEM.