O DESTINO DAS MALAS...
Como de costume, um desses cidadãos que se preocupa com o modo de viver das pessoas de sua comunidade foi visitar seu melhor amigo e, em chegando lá, nessa sua última visita que fez, ficou muito preocupado com o que viu.
Disse que foi triste contemplar o semblante de um cidadão de comportamento familiar exemplar, que sempre trilhou pelos caminhos dos bons costumes, sentado naquela cadeira de balanço, sem nada para fazer, a não ser vigiar aquelas malas cheias de dinheiro que pediram para ele guardar em seus aposentos.
Segundo seu modo filantrópico de ver a vida, disse que não seria justo ver um camarada seu naquele estado de tensão a que ele estava sendo submetido e ficar ali, inerte, sem fazer algo de bom por ele.
- Não sei mais o que fazer com isso – disse o confrade anfitrião.
O confrade visitante, agora ainda mais preocupado com aquela situação desesperadora do seu parceiro de partido, se propôs a ajudá-lo e, ato contínuo, tratou de acolher as malas em seu carro conversível e saiu depressa sem dizer para onde iria.
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