A realidade hostil que submete tantas vidas ao mesmo tempo agracia com dons. Bonitinha mas ordinária, assim sentiu o escritor Nelson Rodrigues no Pelado da pena que dele escrevera tantas bacurinhas. Ao visitar a casa de Irene, afirmou que toda mulher gosta de apanhar na dor Nelson, enquanto Marta Suplicy afirmava:"relaxa e goza", pois tudo tem seu preço e apreço. Na dor escrita pelo autor, existe o alívio transfigurado pelo prazer ao subir no monte do arcanjo e uma beleza que apresenta ao mundo. Relaxai e gozai então na dor e no brilho de que " nem tudo que reluz é ouro." Pode ser dor, pode ser ardor, pode ser fulgor, pode ser fulgaz... jamais poderá ser amor.