Sem raça definida, assim vivia Passaquatro, um velho amigo do Padre que lhe assistia à s celebrações da igreja. Era o despertador do Padre Bidião e o acordava cedo, pois o sacerdote ficava até altas horas estudando a Bíblia intergaláctica que revelava os mistérios da via láctea. E, como em breve, desejava instalar-se em Marte, ficava então até a madrugada estudando. Passaquatro, era um cão de rua que havia simpatizado com a cara do vigário, pois quando estava perdido, com fome e solitário na rua, Bidião numa de suas pedaladas, o avistou e teve empatia pelo animal. Buscou comida e água e deu-lhe. O animal então, adotou o sacerdote como tutor e jurou-lhe eterna amizade. Desde então, Passaquatro vem sendo o coroinha do Padre. Até que uma dia, Bidião presenciou uma cena lamentável na rua o qual gerou-lhe uma fúria que, teve que gerenciar por se tratar de um pároco numa cidade do qual deveria ser exemplo. Com toda a paciência, respirou fundo e foi até o local onde um cidadão insultava uma senhora(acreditava-se ser o esposo, pelo grau de intimidade com que a ela se referia) para enfim, apaziguar o ànimo exaltado daquele senhor. Entretanto, Passaquatro já havia visto ao longe a discussão e correu feito um lobo para abocanhar a canela do agressor. Ao morder a calça do homem, Passaquatro, fincou os dentes tão profundamente que nem o giro de 360 graus proporcionado pelo membro abocanhado conseguiu aoltá-lo. Bidião, embora sendo vigário ilustre da cidade, apaziguou seu coração ao mesmo tempo em que sentiu de certa forma justiçado pela "docilidade" do seu cão. Aproveitou o momento de contenção do agressor e telefonou para o delegado que veio em seguida e encaminhou o agente agressor para a delegacia.
Satisfeito e orgulhoso do seu cão, Padre Bidião abençoou novamente e consagrou Passaquatro ao Santo Padroeiro da cidade. Até o prefeito veio parabenizar o animal e o condecorou como o guardião da ordem comunitária.