O choro chega a todos, sem distinção tal qual a morte. A diferença se estabelece quando após o choro, vem a leveza enquanto após a morte, nada em sequência. O choro cabe naquele canto mais sagrado de difícil acesso até Ã quele que chora, mas a morte habita em todos o universo. Quando morre uma estrela, surge um buraco amplo de negritude infinita mas de uma complacência suave e silenciosa. É na salobra gota que saem minúsculas toxinas injetadas pelo destino que ousamos viver. Sim, nada além das lágrimas para explicar o porquê do pai se despedir do filho e afirmar que dali em diante, o choro será só dele.
Tolice afirmar que de cada lágrima, nascerá um sorriso numa alma moribunda, pois na cova que repousou, ergueu-se uma flor.