Então quando olhei e senti que aquele vento,
iria derrubar aquela única folha,
pensei, desvio o vento, ou mudo á arvore de lugar?
Enraizada que já estava, difícil retirar...
Para onde e como?
Ah! Havia um jeito...
Cobrir, mas, com o que? E como?
Se depois do vento, logo em seguida vinha o fogo.
Interrompendo este texto de ordem poética, para documentar um comando policial...
São 5 horas da manhã, de segunda-feira, ladrões entram na loja do meu vizinho,
pula no telhado e quebra, a policia chega acua os, indivíduo ( silêncio )...
Jogaram bomba de gás e nada.
Uma nuvem ardida trouxe um odor de pneu queimado...
Faz mais ou menos um mês que isto aconteceu...
E novamente a cena se repete...
Voltei para meu texto inicial, mas antes tomei um pileque,
perdão, meia taça de licor...
Queria saber como se sentia alguém que bebe...
A sensação é abstrata, de leveza, quase que uma bobeira.
Novamente alguém lá no telhado...
indecisão, aparece um senhor grisalho meio calvo, com suas vestes sujas,
dúvida?! Ele esperou a policia ir embora, poderia não ser ele...
Tudo isso visto da minha janela, o comando, sobe aqui, sobe ali,
dizia eu para os policiais e nada foi encontrado...
Que agilidade e coragem tem, estes caras, das mãos leves...
Corro em volta ando em circulo de meu apartamento, tentando abafar a voz,
para que o senhor da lanterna não me veja, nem me ouça,
e a policia que toca meu interfone e o telefone, posso subir ai?
Claro, respondi, espere um pouco estou de pijama...
Com o telefone em punho andando no escuro, direcionado os policiais,
da minha janela, falam comigo e com a viatura,...
Senhora, ainda esta ai?
Sim, respondi, eles ainda estavam em cima do telhado...
Caso complicado!
Tudo escuro, os ladrões vigia a policia de cima do telhado,
a policia vigia, sobe no telhado atrás dos bandidos,
me cobre, diz o policial, e se eu morrer?
Ele realmente não sabia o que iria encontrar,
este era de fato um tiro no escuro,
senti-me culpada, ao ouvir o policial exclamando o medo de morrer...
Ladrões na casa ao lado, e eu apontando, lá estão eles,
era essencial minha colaboração,
pois de alguma forma eles poderiam pula para onde eu estava...
O dia clareia, em meio a taça de licor, comando, telhado, já estava chorando,
devido a fumaça das bombas de gás, houve outra vez, a primeira, este ano,
na verdade fazia menos de um mês que isso havia acontecido...